Jean Gorin
Ano, local de nascimento 1899, França
Ano, local de morte 1981, França
Originário de uma família modesta – o pai é sapateiro e a mãe dirige um hotel-restaurante –, Jean Gorin, após a Primeira Grande Guerra e até 1922, frequenta a Écola des Beaux-Arts de Nantes, com o fito de se tornar professor de desenho. Frustrados os seus planos, fixa-se em Nort-sur-Erdre, próximo de Nantes, encontra um trabalho para se sustentar e começa a pintar.
Em 1922, em Paris, descobre a pintura moderna, de Paul Cézanne ao cubismo, e é particularmente marcado pela leitura do livro Du Cubisme (1921), de Albert Gleizes. Em 1925, visita o Pavillion de L’Esprit Nouveau, na Exposição Internacional de Paris, mas o purismo de Amédée Ozenfant e de Charles-Édouard Jeanneret, publicitados através da revista L’Esprit nouveau, não despertam o seu interesse.
No ano seguinte, vê, pela primeira vez, uma composição neoplástica de Piet Mondrian e uma composição elementarista de Theo van Doesburg. Toma conhecimento da brochura de Georges Vantongerloo, L’Art et son avenir. Inicia uma troca de correspondência com Mondrian e Vantongerloo. O choque é tal, que decide encontrar-se com Mondrian, o mais breve possível, nesse mesmo ano. Os dois pintores tornam-se amigos. Gorin, que produz, logo depois, as suas primeiras obras neoplásticas, trava conhecimento com Michel Seuphor. Participa, em 1930, na primeira exposição do grupo Cercle et Carré, acabado de fundar por aquele crítico de arte e, no dia da inauguração, conhece Hans Arp e Sophie Taeuber, Wassily Kandinsky, Otto Freundlich, Joaquín Torres-García e Vantongerloo. As suas pesquisas incidem, então, sobre a aplicação do neoplasticismo à arquitetura e às artes decorativas e sobre estudos de policromia.
Em 1930, realiza o seu primeiro relevo neoplástico (composição espácio-temporal), que capta o interesse de Mondrian. Este último considera que esta obra vai mais além da pintura na expressão do neoplasticismo, devendo ser encarada mais como uma escultura ou uma obra arquitetónica, do que como uma simples pintura de cavalete. Gorin abandona a pintura até 1944.
Em 1931, participa na criação da associação artística 1940, onde apresenta o seu primeiro relevo ao lado de Mondrian e Van Doesburg. No mesmo ano, toma parte na recentemente criada associação Abstraction-Création, que reúne os pintores abstratos. Em 1932, é convidado a ir à então URSS para estudar artes plásticas e arquitetura; trava conhecimento com Naum Gabo, aquando da sua passagem por Berlim e, mais tarde, com os arquitetos construtivistas Moïsseï Guinzbourg e Constantin Melnikov. O seu lugar no seio do movimento abstrato afirma-se e, em 1934, torna-se membro da comissão diretiva do grupo Abstraction-Création.
Após a guerra (durante a qual passa por três anos de encarceramento), Gorin realiza os seus primeiros relevos em planos montados no espaço (construções espácio-temporais) e prossegue os seus estudos no domínio do urbanismo. Participa em diversas exposições de artistas abstratos na Europa e nos Estados Unidos da América (Art Concret, Galerie René Drouin; Salon des réalités nouvelles, grupo Espace) e escreve vários prefácios, entre os quais o da exposição Mondrian, De Stijl and their Impact, na Marlborough Gallery, de Nova Iorque, em 1964. No ano seguinte, é organizada uma retrospetiva no Musée des beaux-arts de Nantes; em 1967, no Stedelijk Museum de Amesterdão; em 1969, no Centre national d'art contemporain de Paris.
Gorin não se limitou a ser o melhor discípulo francês de Mondrian. Foi também aquele que mais desenvolveu os princípios do neoplasticismo, pela introdução do relevo – que desenvolve até se tornar uma verdadeira escultura mural – e pela introdução do círculo, e depois da linha oblíqua, mantendo sempre o rigor horizontal-vertical do neoplasticismo puro.
AC
Em 1922, em Paris, descobre a pintura moderna, de Paul Cézanne ao cubismo, e é particularmente marcado pela leitura do livro Du Cubisme (1921), de Albert Gleizes. Em 1925, visita o Pavillion de L’Esprit Nouveau, na Exposição Internacional de Paris, mas o purismo de Amédée Ozenfant e de Charles-Édouard Jeanneret, publicitados através da revista L’Esprit nouveau, não despertam o seu interesse.
No ano seguinte, vê, pela primeira vez, uma composição neoplástica de Piet Mondrian e uma composição elementarista de Theo van Doesburg. Toma conhecimento da brochura de Georges Vantongerloo, L’Art et son avenir. Inicia uma troca de correspondência com Mondrian e Vantongerloo. O choque é tal, que decide encontrar-se com Mondrian, o mais breve possível, nesse mesmo ano. Os dois pintores tornam-se amigos. Gorin, que produz, logo depois, as suas primeiras obras neoplásticas, trava conhecimento com Michel Seuphor. Participa, em 1930, na primeira exposição do grupo Cercle et Carré, acabado de fundar por aquele crítico de arte e, no dia da inauguração, conhece Hans Arp e Sophie Taeuber, Wassily Kandinsky, Otto Freundlich, Joaquín Torres-García e Vantongerloo. As suas pesquisas incidem, então, sobre a aplicação do neoplasticismo à arquitetura e às artes decorativas e sobre estudos de policromia.
Em 1930, realiza o seu primeiro relevo neoplástico (composição espácio-temporal), que capta o interesse de Mondrian. Este último considera que esta obra vai mais além da pintura na expressão do neoplasticismo, devendo ser encarada mais como uma escultura ou uma obra arquitetónica, do que como uma simples pintura de cavalete. Gorin abandona a pintura até 1944.
Em 1931, participa na criação da associação artística 1940, onde apresenta o seu primeiro relevo ao lado de Mondrian e Van Doesburg. No mesmo ano, toma parte na recentemente criada associação Abstraction-Création, que reúne os pintores abstratos. Em 1932, é convidado a ir à então URSS para estudar artes plásticas e arquitetura; trava conhecimento com Naum Gabo, aquando da sua passagem por Berlim e, mais tarde, com os arquitetos construtivistas Moïsseï Guinzbourg e Constantin Melnikov. O seu lugar no seio do movimento abstrato afirma-se e, em 1934, torna-se membro da comissão diretiva do grupo Abstraction-Création.
Após a guerra (durante a qual passa por três anos de encarceramento), Gorin realiza os seus primeiros relevos em planos montados no espaço (construções espácio-temporais) e prossegue os seus estudos no domínio do urbanismo. Participa em diversas exposições de artistas abstratos na Europa e nos Estados Unidos da América (Art Concret, Galerie René Drouin; Salon des réalités nouvelles, grupo Espace) e escreve vários prefácios, entre os quais o da exposição Mondrian, De Stijl and their Impact, na Marlborough Gallery, de Nova Iorque, em 1964. No ano seguinte, é organizada uma retrospetiva no Musée des beaux-arts de Nantes; em 1967, no Stedelijk Museum de Amesterdão; em 1969, no Centre national d'art contemporain de Paris.
Gorin não se limitou a ser o melhor discípulo francês de Mondrian. Foi também aquele que mais desenvolveu os princípios do neoplasticismo, pela introdução do relevo – que desenvolve até se tornar uma verdadeira escultura mural – e pela introdução do círculo, e depois da linha oblíqua, mantendo sempre o rigor horizontal-vertical do neoplasticismo puro.
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