Asger Jorn
Ano, local de nascimento 1914, Dinamarca
Ano, local de morte 1973, Dinamarca
Órfão de pai em 1924, Asger Jorn vive em Silkeborg, na Jutlândia, onde conclui os seus estudos em 1932. Pinta, nessa altura, paisagens naturalistas e retratos, que abandona para se lançar na abstração após a leitura das publicações da Bauhaus. Está, então, em contacto com os membros do grupo Linien de Copenhaga. Em 1936, parte para Paris de motocicleta crendo que Wassily Kandinsky aí recebe estudantes, mas acaba a trabalhar sob a direção de Fernand Léger na Académie Contemporaine. Rapidamente se integra no meio artístico de Paris, tornando-se assistente de Le Corbusier para a decoração do Pavillon des Temps Nouveaux na Exposição Internacional de 1937. É aqui que vê Guernica de Picasso (trabalha durante algum tempo na embaixada de Espanha, para o governo republicano espanhol). Afastando-se da arte abstrata, evolui através do contacto com surrealistas como Max Ernst, Joan Miró ou Jean Arp, e após as suas visitas ao Musée de l‘Homme. As suas obras dos anos anteriores à guerra revelam influências de Miró, Paul Klee ou Kandinsky. A sua pintura torna-se cada vez mais dinâmica e espontânea. De regresso à Dinamarca, durante a guerra, interessa-se pelas doenças mentais, pelo folclore e pela mitologia do seu país. A partir de 1946, Jorn (que acaba por tomar o seu diminutivo por apelido) multiplica-se em deslocações e em encontros pela Europa. Em 1947, conhece André Breton e visita a Exposition internationale du surréalisme, na Galerie Maeght. Associa-se ao pintor holandês Constant e acompanha as atividades do grupo experimental holandês (de Appel e Corneille) que publica a revista Reflex. A sua primeira exposição individual tem lugar em 1948 na Galerie Breteau, em Paris. Participa no trabalho do Groupe Surrealiste Revolutionaire em Paris e Bruxelas, através do qual conhece o escritor belga Christian Dotremont. Aquando de uma conferência em Paris, em novembro de 1948, cria em conjunto com os representantes belgas (Christian Dotremont e Joseph Noiret) e holandeses (Karel Appel, Corneille e Constant) o movimento CoBrA (Copenhaga/Bruxelas/Amesterdão). Durante os três anos de existência do movimento, Asger Jorn terá nele um papel preponderante, assegurando, em particular, a publicação de uma revista, organizando, em 1949, encontros em Bregnerød, na Dinamarca, e participando em obras coletivas. Continua a interessar-se pela arte pré-histórica dinamarquesa, pelas lendas nórdicas, pela arte popular, pela estatuária romana, e, em 1950, pinta a série Visões de Guerra, povoada de animais trocistas. Encontra assim o seu estilo e a sua inspiração, que podemos qualificar de expressionistas, por vezes agressivos, que exibe após uma longa estadia no sanatório de Silkeborg a fim de se curar de uma tuberculose (1951-1953): pinta ciclos sobre as estações e sobre os mitos e trabalha em cerâmica de modo intensivo.
Jorn instala-se na Suíça em 1953, depois em Albisola, na Itália, em 1954, desenvolvendo a sua reflexão teórica a fim de achar um seguimento para o CoBrA, multiplicando-se em contactos pela Europa fora que se irão concretizar na formação do Movimento Internacional por uma Bauhaus Imaginista, com Pierre Alechinsky, Appel, Enrico Baj, entre outros, em reação à Bauhaus que Max Bill criara em Ulm. Este movimento desembocará, em 1957, na criação da Internacional Situacionista com Guy Debord, que conhecera em 1954. Asger Jorn goza, nessa época, de notoriedade internacional, expondo por todo o mundo. Explora diferentes materiais, como a tapeçaria e a cerâmica (1959, relevo para o liceu de Aarhus) e trabalha em 1958 com Dubuffet em gravuras e em improvisação musical. Em 1961, após ter abandonado a Internacional Situacionista em protesto contra as expulsões, cria o Instituto Escandinavo de Vandalismo Comparado e o Movimento por uma Bauhaus Situacionista com o seu irmão, o poeta Jørgen Nash. Divide o seu tempo entre a ilha de Laeso, no seu país natal, e Albisola, em Itália. Após 1957, expõe regularmente em Paris, primeiro na Galerie Rive Gauche, depois no espaço de Jeanne Bucher. Durante a década de 1960, várias retrospetivas procuram mostrar a dimensão proteiforme das suas pesquisas: desenhos, estampas, cerâmicas, colagens, esculturas, tapeçarias, composições musicais, poesia e tratados teóricos, trabalhos sobre as tradições populares nórdicas, textos sobre o urbanismo e a arquitetura nómada, manifestos revolucionários, combates contra o funcionalismo.
AC
Jorn instala-se na Suíça em 1953, depois em Albisola, na Itália, em 1954, desenvolvendo a sua reflexão teórica a fim de achar um seguimento para o CoBrA, multiplicando-se em contactos pela Europa fora que se irão concretizar na formação do Movimento Internacional por uma Bauhaus Imaginista, com Pierre Alechinsky, Appel, Enrico Baj, entre outros, em reação à Bauhaus que Max Bill criara em Ulm. Este movimento desembocará, em 1957, na criação da Internacional Situacionista com Guy Debord, que conhecera em 1954. Asger Jorn goza, nessa época, de notoriedade internacional, expondo por todo o mundo. Explora diferentes materiais, como a tapeçaria e a cerâmica (1959, relevo para o liceu de Aarhus) e trabalha em 1958 com Dubuffet em gravuras e em improvisação musical. Em 1961, após ter abandonado a Internacional Situacionista em protesto contra as expulsões, cria o Instituto Escandinavo de Vandalismo Comparado e o Movimento por uma Bauhaus Situacionista com o seu irmão, o poeta Jørgen Nash. Divide o seu tempo entre a ilha de Laeso, no seu país natal, e Albisola, em Itália. Após 1957, expõe regularmente em Paris, primeiro na Galerie Rive Gauche, depois no espaço de Jeanne Bucher. Durante a década de 1960, várias retrospetivas procuram mostrar a dimensão proteiforme das suas pesquisas: desenhos, estampas, cerâmicas, colagens, esculturas, tapeçarias, composições musicais, poesia e tratados teóricos, trabalhos sobre as tradições populares nórdicas, textos sobre o urbanismo e a arquitetura nómada, manifestos revolucionários, combates contra o funcionalismo.
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