Joan Mitchell
Ano, local de nascimento 1925, Estados Unidos
Ano, local de morte 1992, França
Joan Mitchell nasce numa família abastada de Chicago: o pai é um físico ilustre e amante de arte, a mãe é escritora e editora. Nos verões de 1942 e 1943, participa nas atividades da colónia artística de Oxbow em Saugatuck, o que a leva a inscrever-se no Art Institute de Chicago para receber ensinamentos artísticos entre 1943 e 1947. Instala-se em Nova Iorque e visita França pela primeira vez, onde descobre Paul Cézanne, Vincent van Gogh ou Wassily Kandinsky. No início da década de 1950, assiste às aulas de Hans Hofmann e frequenta o meio artístico nova-iorquino, ligando-se aos expressionistas abstratos e apoiantes da Action Painting como Arshile Gorky, Philip Guston, Franz Kline, Mark Rothko ou Willem de Kooning, e participa no movimento a que chamam Escola de Nova Iorque. Os seus «retratos» de paisagens, que apresenta a partir de 1953 na Stable Gallery (onde exporá quase todos os anos até 1965), pretendem traduzir a emoção da pintora perante o espetáculo da natureza. Também estuda história da arte na Columbia University, terminando ao mesmo tempo o seu curso no Art Institute de Chicago (1950).
Em 1955, conhece o pintor canadiano Jean-Paul Riopelle, três anos mais velho, depois de este ter realizado a sua segunda exposição individual na galeria de Pierre Matisse, em Nova Iorque (a primeira acontecera em 1954). No ano seguinte acompanha-o até França, onde este reside. Durante vinte e cinco anos mantêm uma relação artística e amorosa, vivendo em Paris, e a partir de 1969 em Vétheuil, no mesmo lugar onde Claude Monet trabalhou. Apesar de regressar regularmente ao seu país para expor, prefere o isolamento.
Participa em 1958, tal como Riopelle, numa exposição coletiva organizada por Jean Fournier na sua galeria da rue Kléber, associando artistas europeus e norte-americanos (Simon Hantaï, Jean Degottex, Sam Francis, Riopelle, Judit Reigl,...). A primeira exposição individual que realiza em Paris tem lugar na Galerie Neufville, em 1960, (depois na Galerie Jacques Dubourg e na Galerie Laurence, em 1962). Retoma a colaboração com Jean Fournier, agora instalado na rue do Bac, e consegue uma exposição individual em 1967 (com um cartão-poema de Jacques Dupin). Torna-se uma das artistas importantes da galeria e expõe dez vezes até 1992, as últimas das quais contam com apresentações de Yves Michaud, para não mencionar as numerosas exposições coletivas em que participa. Em paralelo, apresenta duas ou três exposições individuais, anualmente, nos Estados Unidos da América, especialmente na Martha Jackson Gallery, que a representa em Nova Iorque.
Uma sensibilidade exacerbada e um forte caráter reservam-lhe um lugar especial no meio parisiense. Durante todo este «período» francês, prefere pintar grandes formatos ou sobre telas montadas em dípticos, trípticos ou polípticos. Mantém uma técnica «gestual», uma sequência de pequenos golpes de pincel arrebatados, contrariados, salpicos, em vez de traços largos, de onde resulta uma mobilidade fervente. Joga com dissonâncias cromáticas, com cores muito vivas sobre fundos modulados em transparência. Partilha a mesma abordagem da natureza que o seu companheiro, Jean-Paul Riopelle.
Em 1974, o Whitney Museum of American Art, em Nova Iorque, promove uma exposição importante das suas obras. A primeira retrospetiva data de 1982, no Musée d'art moderne de la ville de Paris. Joan Mitchell recebe o Grande Prémio Nacional de pintura, no ano seguinte, e o Grande Prémio das Artes da Cidade de Paris em 1991. Nos Estados Unidos, uma retrospetiva – organizada em 1988 pelo Herbert F. Johnson Museum da Cornell University – é apresentada em Washington, São Francisco, Buffalo e La Jolla.
Depois de Jean-Paul Riopelle partir definitivamente para o Canadá, por volta de 1980, vive anos difíceis e dolorosos – marcados por um cancro da boca e pelas sequelas do alcoolismo – até falecer, com sessenta e seis anos, em 1992, num hospital de Paris. Depois da sua morte, é organizada uma nova retrospetiva em França, em 1994, no Jeu de Paume em Paris e no Musée des beaux-arts de Nantes, e em 2002-2004, nos Estados Unidos, em Nova Iorque (no Whitney Museum), Birmingham, Fort Worth e Des Moines. A vida entre o seu país de origem e o país de adoção causou, sem dúvida, alguns danos no seu reconhecimento, mas garantiu-lhe a independência.
AC
Em 1955, conhece o pintor canadiano Jean-Paul Riopelle, três anos mais velho, depois de este ter realizado a sua segunda exposição individual na galeria de Pierre Matisse, em Nova Iorque (a primeira acontecera em 1954). No ano seguinte acompanha-o até França, onde este reside. Durante vinte e cinco anos mantêm uma relação artística e amorosa, vivendo em Paris, e a partir de 1969 em Vétheuil, no mesmo lugar onde Claude Monet trabalhou. Apesar de regressar regularmente ao seu país para expor, prefere o isolamento.
Participa em 1958, tal como Riopelle, numa exposição coletiva organizada por Jean Fournier na sua galeria da rue Kléber, associando artistas europeus e norte-americanos (Simon Hantaï, Jean Degottex, Sam Francis, Riopelle, Judit Reigl,...). A primeira exposição individual que realiza em Paris tem lugar na Galerie Neufville, em 1960, (depois na Galerie Jacques Dubourg e na Galerie Laurence, em 1962). Retoma a colaboração com Jean Fournier, agora instalado na rue do Bac, e consegue uma exposição individual em 1967 (com um cartão-poema de Jacques Dupin). Torna-se uma das artistas importantes da galeria e expõe dez vezes até 1992, as últimas das quais contam com apresentações de Yves Michaud, para não mencionar as numerosas exposições coletivas em que participa. Em paralelo, apresenta duas ou três exposições individuais, anualmente, nos Estados Unidos da América, especialmente na Martha Jackson Gallery, que a representa em Nova Iorque.
Uma sensibilidade exacerbada e um forte caráter reservam-lhe um lugar especial no meio parisiense. Durante todo este «período» francês, prefere pintar grandes formatos ou sobre telas montadas em dípticos, trípticos ou polípticos. Mantém uma técnica «gestual», uma sequência de pequenos golpes de pincel arrebatados, contrariados, salpicos, em vez de traços largos, de onde resulta uma mobilidade fervente. Joga com dissonâncias cromáticas, com cores muito vivas sobre fundos modulados em transparência. Partilha a mesma abordagem da natureza que o seu companheiro, Jean-Paul Riopelle.
Em 1974, o Whitney Museum of American Art, em Nova Iorque, promove uma exposição importante das suas obras. A primeira retrospetiva data de 1982, no Musée d'art moderne de la ville de Paris. Joan Mitchell recebe o Grande Prémio Nacional de pintura, no ano seguinte, e o Grande Prémio das Artes da Cidade de Paris em 1991. Nos Estados Unidos, uma retrospetiva – organizada em 1988 pelo Herbert F. Johnson Museum da Cornell University – é apresentada em Washington, São Francisco, Buffalo e La Jolla.
Depois de Jean-Paul Riopelle partir definitivamente para o Canadá, por volta de 1980, vive anos difíceis e dolorosos – marcados por um cancro da boca e pelas sequelas do alcoolismo – até falecer, com sessenta e seis anos, em 1992, num hospital de Paris. Depois da sua morte, é organizada uma nova retrospetiva em França, em 1994, no Jeu de Paume em Paris e no Musée des beaux-arts de Nantes, e em 2002-2004, nos Estados Unidos, em Nova Iorque (no Whitney Museum), Birmingham, Fort Worth e Des Moines. A vida entre o seu país de origem e o país de adoção causou, sem dúvida, alguns danos no seu reconhecimento, mas garantiu-lhe a independência.
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