Louise Nevelson
Ano, local de nascimento 1899, Rússia
Ano, local de morte 1988, Estados Unidos
Nacionalidade Estados Unidos
Fugindo aos pogroms, a família de Louise Nevelson emigra para os Estados Unidos da América em 1905 e instala-se em Rockland, no Maine, onde o seu pai trabalha na construção e dirige uma oficina de carpintaria. Desde os seus dezasseis anos, Louise mostra vontade de se tornar artista, nomeadamente escultora, o que deixa adivinhar a sua personalidade. Depois de acabar o liceu, casa-se, em 1920, com Charles Nevelson, um homem de negócios muito mais velho que ela, e instala-se em Nova Iorque, onde se inicia no desenho, na pintura, no canto e na arte dramática. Descobre então a arte moderna ao visitar os museus e tem aulas na The Art Students League of New York, com Kenneth Hayes Miller. Decide começar estudos mais sérios e, em 1931, parte para Munique para ter aulas com Hans Hofmann, um professor muito conhecido na altura. Fica muito impressionada com Paris, por onde passa, bem como, e sobretudo, com a descoberta das esculturas africanas no Musée de l’Homme (onde voltará em 1932). Regressa depois a Nova Iorque onde retoma as suas aulas e onde Hans Hofmann e Georges Grosz, fugindo ao nazismo, vão ensinar. Começa a integrar-se no meio artístico e, em 1932, torna-se assistente de Diego Rivera. A sua primeira participação numa exposição coletiva de jovens escultores, organizada pela Secession Gallery no Brooklyn Museum, data de 1935.
Separada do marido, trabalha num meio – o da escultura –, pouco favorável às mulheres, chega a estar muito perto da miséria e passa por longos períodos de depressão. Face a dificuldades financeiras, em 1937 recebe ajuda do Estado, no âmbito da Works Progress Administration, e dá aulas de arte na Education Alliance School of Art, em Nova Iorque. A sua primeira exposição individual, que marca o verdadeiro início da sua carreira, tem lugar em 1941 na Nierendorf Gallery, em Nova Iorque. Tem então quarenta e dois anos.
Na década de 1950, começa sistematicamente a recuperar bocados de madeira espalhados pela rua ou numa fábrica de móveis, ou ainda trazidos por amigos. Acumula-os, depois muda-os de lugar, reagrupa-os, junta-os. A artista encaixa esses restos de peças de madeira das mais variadas origens – bocados de cadeiras, armários, escadas ou balaustradas – em caixas empilhadas, construindo arquiteturas abstratas, monumentais e barrocas. Estas peças, como o seu título, sugerem um mundo imaginário e poético. Para ela, cada objeto recuperado tem uma história e vive. Quer mostrar que a arte está em todo o lado, independentemente do destino do objeto e da qualidade do seu executante.
As primeiras esculturas de Louise Nevelson são totalmente pintadas de preto mate para as formas se poderem distinguir melhor, porque é a cor mais forte, a mais pura. Em 1954-1955, começa a fazer «caixas empilhadas» que podem atingir vários metros de altura e largura (Sky Cathedral [Catedral de céu], 1958, Museum of Modern Art, Nova Iorque), depois junta «caixas empilhadas» para fazer delas «ambientes». Mais tarde, pinta as madeiras de branco (Dawn’s Wedding Chapel [A capela de casamento da aurora], 1959, Whitney Museum of American Art, Nova Iorque). Cria então uma espécie de esculturas independentes, colunas ou totens. Passa depois ao ouro com a série Royal Tide [Maré real] (Royal Tide 1, 1961-1963, Whitney Museum, Nova Iorque). E, por fim, inclui espelhos ou vidro acrílico. Estas paredes gigantes de conteúdo heteróclito, uma vez pintadas de preto, branco ou dourado, adquirem uma beleza estranha, remetendo simultaneamente para a ruína antiga, a cidade em construção e a sociedade que expele o seu lixo.
Em 1962, é escolhida para representar os Estados Unidos na Bienal de Veneza. Cada sala é dedicada a uma cor: preto, branco e dourado. O Whitney Museum dedica-lhe uma importante retrospetiva em 1967. Expõe em todo o mundo e trata ela própria da disposição das «caixas» para cada exposição, tendo especial atenção à luz, ao jogo de sombras. As encomendas de esculturas monumentais aumentam de forma significativa a partir de 1969. Abre-se a outras técnicas como o aço Corten e o alumínio.
Esta artista inclassificável, mesmo se associada de modo indiferente ora à corrente expressionista abstrata, ora à Arte Pop, revela toda a sua independência e originalidade. Ao lado de Alexander Calder e David Smith, Louise Nevelson é considerada uma das mais importantes instigadoras da escultura moderna nos Estados Unidos.
AC
Separada do marido, trabalha num meio – o da escultura –, pouco favorável às mulheres, chega a estar muito perto da miséria e passa por longos períodos de depressão. Face a dificuldades financeiras, em 1937 recebe ajuda do Estado, no âmbito da Works Progress Administration, e dá aulas de arte na Education Alliance School of Art, em Nova Iorque. A sua primeira exposição individual, que marca o verdadeiro início da sua carreira, tem lugar em 1941 na Nierendorf Gallery, em Nova Iorque. Tem então quarenta e dois anos.
Na década de 1950, começa sistematicamente a recuperar bocados de madeira espalhados pela rua ou numa fábrica de móveis, ou ainda trazidos por amigos. Acumula-os, depois muda-os de lugar, reagrupa-os, junta-os. A artista encaixa esses restos de peças de madeira das mais variadas origens – bocados de cadeiras, armários, escadas ou balaustradas – em caixas empilhadas, construindo arquiteturas abstratas, monumentais e barrocas. Estas peças, como o seu título, sugerem um mundo imaginário e poético. Para ela, cada objeto recuperado tem uma história e vive. Quer mostrar que a arte está em todo o lado, independentemente do destino do objeto e da qualidade do seu executante.
As primeiras esculturas de Louise Nevelson são totalmente pintadas de preto mate para as formas se poderem distinguir melhor, porque é a cor mais forte, a mais pura. Em 1954-1955, começa a fazer «caixas empilhadas» que podem atingir vários metros de altura e largura (Sky Cathedral [Catedral de céu], 1958, Museum of Modern Art, Nova Iorque), depois junta «caixas empilhadas» para fazer delas «ambientes». Mais tarde, pinta as madeiras de branco (Dawn’s Wedding Chapel [A capela de casamento da aurora], 1959, Whitney Museum of American Art, Nova Iorque). Cria então uma espécie de esculturas independentes, colunas ou totens. Passa depois ao ouro com a série Royal Tide [Maré real] (Royal Tide 1, 1961-1963, Whitney Museum, Nova Iorque). E, por fim, inclui espelhos ou vidro acrílico. Estas paredes gigantes de conteúdo heteróclito, uma vez pintadas de preto, branco ou dourado, adquirem uma beleza estranha, remetendo simultaneamente para a ruína antiga, a cidade em construção e a sociedade que expele o seu lixo.
Em 1962, é escolhida para representar os Estados Unidos na Bienal de Veneza. Cada sala é dedicada a uma cor: preto, branco e dourado. O Whitney Museum dedica-lhe uma importante retrospetiva em 1967. Expõe em todo o mundo e trata ela própria da disposição das «caixas» para cada exposição, tendo especial atenção à luz, ao jogo de sombras. As encomendas de esculturas monumentais aumentam de forma significativa a partir de 1969. Abre-se a outras técnicas como o aço Corten e o alumínio.
Esta artista inclassificável, mesmo se associada de modo indiferente ora à corrente expressionista abstrata, ora à Arte Pop, revela toda a sua independência e originalidade. Ao lado de Alexander Calder e David Smith, Louise Nevelson é considerada uma das mais importantes instigadoras da escultura moderna nos Estados Unidos.
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