Marcelle Cahn
Ano, local de nascimento 1895, França
Ano, local de morte 1981, França
A adolescência de Marcelle Cahn, passada em Estrasburgo, é marcada por estudos iniciais de desenho e pintura e pela aprendizagem do violino. Muito jovem, descobre Arnold Schoenberg, que aprecia, e interessa-se pela filosofia. De 1915 a 1918, fixa-se em Berlim, onde é aluna de Eugen Spiro (retratos) e Lovis Corinth (desenhos de nus). Convive com artistas do movimento Der Sturm, como Oskar Kokoschka. A sua primeira estadia em Paris data de 1920. Frequenta o atelier de Arraujo e ensaia pequenos desenhos com formas geométricas. É, então, influenciada pela pintura de Paul Cézanne. Em 1923, segue estudos de filosofia em Zurique. De regresso a Paris, frequenta, durante dois meses, a Académie Ranson, onde leciona Édouard Vuillard, e, depois, a Académie Moderne, onde Othon Friesz é professor. Dois anos mais tarde, estuda na Académie de la Grande Chaumière: nus, naturezas-mortas, desenhos, pinturas cubistas e puristas. Conhece o galerista Léonce Rosenberg, que a põe em contacto com Fernand Léger, da Académie Moderne, onde ela trabalha com este último e, depois, com Amédée Ozenfant.
Assim, em poucos anos, Marcelle passa do expressionismo ao cubismo semifigurativo e, depois, do cubismo ao purismo e ao construtivismo. Em 1929, Michel Seuphor convida-a a juntar-se ao grupo Cercle et Carré. A cartista expõe e trava conhecimento com Hans Arp, Sophie Taeuber, Piet Mondrian, Wassily Kandinsky, Georges Vantongerloo e Jean Gorin. A partir de 1930, retira-se da cena artística pública. Desenha e pinta em Estrasburgo e passa curtas estadias em Paris. Em 1939, deixa Estrasburgo com a mãe e estabelece-se em Blois e a seguir em Toulouse, onde frequenta os pintores locais, segue estudos de filosofia e assiste às conferências do abade Breuil e do padre Nicolas sobre a fé cristã e o ecumenismo. A morte da mãe, em 1945, afeta-a profundamente.
A partir de 1947, reata laços com Paris e antigos conhecimentos. Cria e experimenta, então, incessantemente, animada de um espírito inovador, sustentado por uma vida interior rica e discreta. Por volta de 1952, compõe desenhos geométricos lineares e colagens; por volta de 1953, surgem os quadros-relevo e os quadros lineares; cerca de 1957, as colagens sobre fotografias; cerca de 1960, os quadros-esfera e os espaciais. As retrospetivas organizadas pela Galerie Denise René (1975) e pelo Centre Pompidou de Paris (1972-1974) confirmaram o lugar no mundo da pintura abstrata desta artista, cuja modéstia ocultou a originalidade do percurso. Marcelle Cahn morreu em Paris, em 1981, numa pobreza próxima da miséria.
AC
Assim, em poucos anos, Marcelle passa do expressionismo ao cubismo semifigurativo e, depois, do cubismo ao purismo e ao construtivismo. Em 1929, Michel Seuphor convida-a a juntar-se ao grupo Cercle et Carré. A cartista expõe e trava conhecimento com Hans Arp, Sophie Taeuber, Piet Mondrian, Wassily Kandinsky, Georges Vantongerloo e Jean Gorin. A partir de 1930, retira-se da cena artística pública. Desenha e pinta em Estrasburgo e passa curtas estadias em Paris. Em 1939, deixa Estrasburgo com a mãe e estabelece-se em Blois e a seguir em Toulouse, onde frequenta os pintores locais, segue estudos de filosofia e assiste às conferências do abade Breuil e do padre Nicolas sobre a fé cristã e o ecumenismo. A morte da mãe, em 1945, afeta-a profundamente.
A partir de 1947, reata laços com Paris e antigos conhecimentos. Cria e experimenta, então, incessantemente, animada de um espírito inovador, sustentado por uma vida interior rica e discreta. Por volta de 1952, compõe desenhos geométricos lineares e colagens; por volta de 1953, surgem os quadros-relevo e os quadros lineares; cerca de 1957, as colagens sobre fotografias; cerca de 1960, os quadros-esfera e os espaciais. As retrospetivas organizadas pela Galerie Denise René (1975) e pelo Centre Pompidou de Paris (1972-1974) confirmaram o lugar no mundo da pintura abstrata desta artista, cuja modéstia ocultou a originalidade do percurso. Marcelle Cahn morreu em Paris, em 1981, numa pobreza próxima da miséria.
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