Abstract Painting (Abstraktes Bild)
Data 1987
Técnica Óleo sobre tela (Díptico)
Dimensões 260 x 400 cm
ID Inventário UID 102-483
Gerhard Richter teve a sua formação académica na Alemanha de Leste. Porém, seria na Alemanha Ocidental, para onde viajou na década de 1960, que se depararia com as obras de Jackson Pollock ou Lucio Fontana, as quais procuravam derrubar as hegemonias preestabelecidas. Para Richter, que vivera oprimido pela conjuntura política do seu país natal, o encontro com tais trabalhos desempenhou um papel significativo no seu percurso – a partir de então, no seu trabalho, procura questionar a autenticidade em arte, o espaço da pintura e a responsabilidade do espectador.
Todas estas preocupações são sugeridas em Abstraktes Bild (1987). Diante da impetuosa pintura de Richter, de grandes dimensões, o espectador vê-se confrontado com uma intrusão de cores e texturas que o impelem a entrar num universo incerto onde a imagem resultante é o seu plural num potencial infinitamente sugestivo. Aqui, Richter debate a natureza da pintura ao desconstruir as premissas tradicionais e, mediante um processo aleatório, faz com que o motivo surja gradualmente, independente de planos previamente traçados, da superfície mergulhada num caos pictórico que recusa os limites e que foge ao reconhecível – «Pintar é a criação de uma analogia para algo não-visual e incompreensível – oferecendo-lhe forma e possibilidade de alcance. E é por isso que as boas pinturas são incompreensíveis» (Richter, 1985).
Em Abstraktes Bild, Richter recusa, assim, qualquer aproximação ou sugestão ao figurativo. As camadas de tinta que se vão descobrindo são pintadas arbitrariamente e com um intervalo de tempo entre cada uma, o qual as separa num corpo simultaneamente uno – em última instância, são estes longos intervalos que denunciam na sua pintura uma «espontaneidade altamente planeada» (Richter, 1984). O produto final é resultado de um processo cíclico de exclusão e adição até que nada mais haja a retirar ou acrescentar e o quadro se torne auto-suficiente.
AMB
Todas estas preocupações são sugeridas em Abstraktes Bild (1987). Diante da impetuosa pintura de Richter, de grandes dimensões, o espectador vê-se confrontado com uma intrusão de cores e texturas que o impelem a entrar num universo incerto onde a imagem resultante é o seu plural num potencial infinitamente sugestivo. Aqui, Richter debate a natureza da pintura ao desconstruir as premissas tradicionais e, mediante um processo aleatório, faz com que o motivo surja gradualmente, independente de planos previamente traçados, da superfície mergulhada num caos pictórico que recusa os limites e que foge ao reconhecível – «Pintar é a criação de uma analogia para algo não-visual e incompreensível – oferecendo-lhe forma e possibilidade de alcance. E é por isso que as boas pinturas são incompreensíveis» (Richter, 1985).
Em Abstraktes Bild, Richter recusa, assim, qualquer aproximação ou sugestão ao figurativo. As camadas de tinta que se vão descobrindo são pintadas arbitrariamente e com um intervalo de tempo entre cada uma, o qual as separa num corpo simultaneamente uno – em última instância, são estes longos intervalos que denunciam na sua pintura uma «espontaneidade altamente planeada» (Richter, 1984). O produto final é resultado de um processo cíclico de exclusão e adição até que nada mais haja a retirar ou acrescentar e o quadro se torne auto-suficiente.
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