Marcel Duchamp
Boîte (Caixa) Série C, montada por Iliazd em 1958
Data 1958
Técnica Caixa coberta com linho, interior forrado a papel ingres azul-cinza; cartão, madeira, papel, tecido, cerâmica, vidro e plástico
Dimensões 40 x 38 x 9 cm
ID Inventário UID 102-177
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«Tudo o que fiz de importante poderia caber numa pequena mala.» diz Marcel Duchamp, numa entrevista à revista Life, em Abril de 1952. Em 1936, Marcel Duchamp inicia a realização de um «museu portátil» que reproduzia o seu percurso artístico. A 1 de janeiro de 1941, a primeira Boîte-en-Valise [Caixa-em-Mala] acabada é comprada por Peggy Guggenheim. Contém mais de sessenta reproduções, entre as quais, três réplicas minúsculas de readymades e um Grand Verre [Grande Vidro] em miniatura sobre celuloide. Marcel Duchamp monta, ele próprio, os primeiros vinte e quatro exemplares. As 280 caixas seguintes, que completam a edição total, serão montadas em séries sucessivas até 1968.
Ecke Bonk, na sua obra The Box in a Valise, especifica que o título exato deste múltiplo é «de ou par Marcel Duchamp ou Rrose Sélavy» (referência à identidade escolhida por Marcel Duchamp, por volta de 1920: mulher sábia e desconcertante). Apenas os primeiros vinte e quatro exemplares, ditos de luxo, deveriam ser chamados Boîte-en-valise ou, simplesmente, Valise, [Mala]. Os 280 exemplares seguintes são apenas Boîtes [Caixas]. Um exemplar da série C (1958) pertence à Coleção Berardo.
Jean-François Chougnet