Reflexões no âmbito da exposição "Matéria Luminal"
Uma série de três palestras nas quais são abordadas temáticas em torno da luz, indagando os seus múltiplos sentidos, enquanto matéria e meio de expressão plástica e visual, mas também como motivo fértil em ressonâncias históricas, poéticas e simbólicas.
[ Atualização: videos das palestras já disponíveis aqui. ]
21 de novembro às 17h00 – Pedro Lapa
sem sol
Nesta conferência, procurar-se-á traçar um percurso através de obras de artistas como Robert Delaunay, László Moholy-Nagy, Dan Flavin, Alexandre Estrela e Hito Steyerl sobre diferentes tratamentos da luz. Da complexidade da sua representação à sua produção e apresentação, a materialidade da luz e a ausência enquanto ritmo ou a sua ubiquidade entre o jogo, a vigilância e a virtualização do mundo são alguns temas suscitados pelas obras destes artistas que serão debatidos e confrontados.
Pedro Lapa é professor de História e Teoria da Arte na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi diretor artístico do Museu Coleção Berardo e anteriormente do Museu Nacional de Arte Contemporânea — Museu do Chiado. Foi também curador da Ellipse Foundation.
De entre as suas principais publicações destacam-se Joaquim Rodrigo, a contínua reinvenção da pintura (2016); História e Interregnum. Três obras de Stan Douglas (2015). Comissariou muitas exposições, sendo as mais recentes: Joana Escoval, Mutações… The Last Poet, 2020; André Romão, Fauna, 2019.
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28 de novembro às 17h00 – Maria Filomena Molder
A lua, o sol, as estrelas, o fogo
Se o nosso olhar é amigo das aparências e o ponto de vista terrestre não pode deixar de ser ptolemaico, desde há muito que os seres humanos tentaram exceder o ponto de vista terrestre, e aí a imaginação, amiga de desfazer, foi e continua a ser a boa conselheira. É ela que nos providencia o vislumbre do eterno eclipse.
Nos vários céus do Paraíso, não há sombras, que abundam no Inferno e no Purgatório. Nestes últimos lugares, o corpo vivo de Dante não é uma sombra, produz sombras. Já no excesso luminoso do Paraíso os seus olhos não resistem e cegam várias vezes.
Para o fogo a assistência virá sobretudo de Herberto Helder.
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19 de dezembro às 17h00 – João Mário Grilo
Outras Matérias Luminais (e do cinema no meio delas)
João Mário Grilo viveu a exposição Matéria Luminal como uma proposta forte de trajeto através da arte contemporânea, seguindo o percurso nela desenhado pela luz (e a sombra) e as suas evidências materiais e imateriais. Na última palestra desta série, o cineasta falar-nos-á do eco que esta proposta teve sobre o seu «museu imaginário», de «homem vulgar do cinema», prolongando, portanto, esse trajeto para zonas que a exposição não contempla (nem teria de o fazer) mas que vivamente indicia. O cinema – assumido na sua forma mais «ontológica» (o que é e o que foi ele?) – estará no eixo principal desta incursão/provocação.
João Mário Grilo é cineasta e professor universitário nas áreas do cinema e dos estudos artísticos na Universidade Nova de Lisboa. Tem vários livros publicados sobre a história e a estética do cinema e, enquanto cineasta, assinou diversos filmes de ficção e documentário, neste caso, predominantemente, sobre as relações do cinema com as outras artes. Os seus últimos filmes são Vieirarpad (sobre a vida e obra de Vieira da Silva e Arpad Szenes) e Campo de Sangue, adaptação do romance homónimo de Dulce Maria Cardoso (em conclusão).
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Participação gratuita, mediante inscrição prévia e aquisição do bilhete de entrada no Museu.
Saiba mais sobre a exposição Matéria Luminal aqui.
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(Chamada para a rede fixa nacional) www.museuberardo.pt