A Arte da Guerra: Propaganda da II Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito sem precedentes. Os exércitos de várias nações digladiaram-se num combate mortal no Atlântico e no Pacífico, na Europa, na Ásia e em África, na terra, no mar e no ar. Mas a guerra não foi conduzida só por soldados, nem tão pouco decorreu apenas nas longínquas frentes de batalha. Em cada pátria, populações inteiras foram mobilizadas num apoio ativo para o esforço de guerra e para o alcance da vitória. Com o objetivo de conquistar o apoio dos cidadãos à guerra e manter o moral coletivo de pé durante o longo decorrer do conflito, os vários governos utilizaram todos os meios de comunicação disponíveis para empregar a sua propaganda.
Um dos principais, e seguramente mais eficazes meios utilizados para motivar os cidadãos foi o cartaz impresso. Não só pela facilidade com que era produzido mas também pela simplicidade com que era difundido.
Produzidos por ministérios e agências governamentais, organizações independentes ou empresas privadas, este meio de comunicação vital transmitia a sua mensagem através de uma combinação de ilustrações, com um forte caráter emocional, e mensagens de texto fáceis de memorizar, feitas por artistas da indústria publicitária para uma maior eficácia e compreensão.
Tal como as outras formas de propaganda utilizadas neste período, os cartazes impressos inspiravam patriotismo e apelavam ao contributo, tanto individual como coletivo, a bem da causa nacional. Este contributo podia assumir diversas formas como o alistamento nas forças armadas, o racionamento de comida ou de outros bens essenciais, o esforço na produção da indústria da guerra, o cuidado com as conversas em locais públicos ou a compra de títulos de guerra.
Passadas quase sete décadas sobre o fim do maior conflito da história da humanidade, o Museu do Caramulo leva a exposição A Arte da Guerra ao Museu Coleção Berardo, debruçando-se sobre o tema fascinante da propaganda em tempo de guerra. Fascinante pelo seu impacto, pelas diferentes formas como foi implementado nas várias nações, pela quantidade sem precedentes em que foi produzida, mas acima de tudo pela forma de arte que assumiu, cumprindo com o objetivo de uma qualquer outra obra de arte: provocar emoções nas pessoas e mudar o mundo.
Salvador Patrício Gouveia, comissário
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Museu Coleção Berardo
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(Chamada para a rede fixa nacional) www.museuberardo.pt