Coleção Berardo de 1960 à atualidade
Nos anos '60, o mundo vive o rescaldo da Segunda Guerra Mundial, da qual se tenta recuperar, e a Guerra Fria. A par do imperialismo norte-americano e a influência soviética, surgem novos movimentos artísticos de contracultura — não só contra o capitalismo e o consumismo mas também contra a cultura soviética — que influenciam as artes visuais.
Nesta galeria, a apresentação da coleção inicia-se em obras da década de sessenta, com as primeiras experiências minimalistas, baseadas em ideias de despojamento, simplicidade e neutralidade, construídas com materiais industriais. São obras que pressupõem a interação e a perceção do observador, incitando-o a novas experiências. Esta tendência contemporânea — voltando-se para o espaço, incorporando e/ou transformando a obra — é explorada também pelos desdobramentos pós-minimalistas e conceptuais.
«A ideia torna-se uma máquina de fazer arte», citando Sol LeWitt, no seu artigo «Paragraphs on Conceptual Art», de 1967. De facto, a arte dos anos sessenta valoriza a ideia, o conceito e a atitude em detrimento da imagem e do objeto artístico final. O objetivo é o de produzir arte e, ao mesmo tempo, refletir sobre esta. De capital importância é o uso das novas tecnologias de produção contemporânea — a fotografia, o vídeo, a televisão, o computador etc. —, que trazem novos elementos para o debate social e político e ampliam significativamente as suas possibilidades de expressão.
Nesta apresentação, reserva-se um núcleo para a arte no feminino, destacando-se vários trabalhos de mulheres de diferentes gerações que observaram e criaram arte a partir de aproximações formais distintas e cujas obras valem por si próprias. As suas abordagens contribuem decisivamente para uma consciência crítica, refutando os processos de segregação de género na produção artística.
As últimas salas são dedicadas à pintura e escultura do final do século XX e princípio do século XXI, que renasce da desmaterialização dos anos ‘70. É o retorno ao prazer da pintura que rompe com os limites de recursos que caracterizam aquela década. A pintura passa a ser concebida a partir de novos pressupostos: o grande formato, o uso abusivo das cores, os objetos do quotidiano enquanto suporte pictórico da obra, a gestualidade, o figurativismo e o expressionismo.
Os artistas contemporâneos trabalham agora num mundo globalizado, culturalmente diversificado e tecnologicamente avançado; consequentemente, a sua arte é uma arte diversificada, eclética, que se distingue pela falta de uniformidade, de uma ideologia ou de um ismo.
Rita Lougares
Diretora artística
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