Miguel Telles da Gama. Debaixo da Pele
A pele é uma superfície equivalente a um suporte para o desenho ou a pintura; a pele tanto mostra quanto esconde, tal e qual como acontece à flor das pinturas nesta exposição antológica de Miguel Telles da Gama. Tal como se apresenta, a exposição não pretende ser um resumo do seu percurso mas antes mostrar-se como uma obra nova, construída e partir de um conjunto de fragmentos da sua obra anterior, seguindo e aproveitando o já existente, partindo do princípio de que já foi tudo inventado, mas tendo plena consciência de que não está tudo dito, ou seja, de que, a partir do incontável das imagens, das palavras e das cores, muito pode estar ainda por dizer.
A exposição está construída a partir de fragmentos da obra anterior; cada trabalho exposto une aleatoriamente fragmentos de histórias que nunca se concluem, imagens oriundas do universo gráfico, bem como da fotografia e do cinema, que nunca estão completas, tapadas por vezes por massas de cor e por palavras que lhe dão, ou transformam, o sentido.
Miguel Telles da Gama expõe desde 1990 (exposição Arremessos, na Galeria Novo Século), nessa ocasião em parceria com Paulo Abreu, cineasta que colabora em Debaixo da Pele. Foram escolhidas obras a partir do fim do século, sendo a mais antiga uma pintura de 1997, Reserva de Caça, que é matriz para o tratamento das imagens que surgiu em 2003 na exposição Fragmentos, Cernes e o Meu Cão.
A cronologia é secundária: o percurso começa com Azul Profundo, de 2014, continua com as peças mais recentes — os 70 ex-votos por uma vida sexualmente animada, de 2021 —, muda-se para um espaço labiríntico onde soa a palavra de Lou Reed, em Vanishing Act, de 2016, atinge uma vertigem central com as armaduras vazias de Lux in Tenebris, de 2018, passa pela infinita permutabilidade das imagens gráficas experimentada entre 2003 e 2004, ensaia uma narrativa com pinturas de Emotional Rescue, de 2007, e confronta os Contos de Perrault barrados a vermelho em Passing Through the Red, de 2013, com um teatro de personagens à procura de autor em Encenações, realizada entre 1999 e 2003.
Curadoria de José Luís Porfírio
Bilhetes
Visitas guiadas
Com José Luís Porfírio, curador da exposição: 10 de julho (domingo) | 16h30
Serviço Educativo |
24 de setembro, 22 de outubro, 5 de novembro (sábados) | 16h00
Mais informação e inscrições aqui.
Serviço Educativo
Visitas orientadas e atividades para escolas e famílias.
Marcações e mais informações:
T. 213 612 800 (de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 17h00)
servico.educativo@museuberardo.pt
www.museuberardo.pt/educacao
Catálogo da exposição
Com reproduções das séries em exposição e ensaios de José Luís Porfírio, João Silvério, Ana Ruivo, Carlos França, Delfim Sardo, Inez Teixeira, Jorge Silva Melo. Ed. PT/EN
Disponível no dia da inauguração.
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