Pancho Guedes. Vitruvius Mozambicanus
A exposição de Pancho Guedes (Lisboa, 1925) reúne a sua prodigiosa e surpreendentemente original e diversificada que inclui desenhos, pinturas e esculturas, mostrando como estes contribuíram para as formas, as ideias e o espírito das diversas arquiteturas muito pessoais que criou. A sua ligação com África, e acima de tudo com Moçambique, permitiu que se libertasse dos constrangimentos e das ideias restritivas que dominavam o mundo da arte.
As arquiteturas de Pancho Guedes vão de explorações extravagantemente opulentas e pessoais do espaço e da forma, em que as artes plásticas se misturam e se fundem, até edifícios austeros e esparsos desenhados para respeitar condições financeiras difíceis e rigorosas, sem limites claramente identificáveis. Em todos os casos, as criações resultantes não são de forma alguma diminuídas pelas circunstâncias da sua materialização. Todas as suas criações se encontram imbuídas de almas individuais, distintas, que falam e sorriem orgulhosamente, mesmo quando diminuídas pela idade e pelo uso abusivo.
Pancho Guedes continua a desenhar, a melhorar e a construir modelos dos seus edifícios, há muito construídos para habitação. A relação com a vida de muitas das suas obras está, assim, liberta do seu objetivo restrito, e estas encontram facilmente o caminho para a escultura, a pintura e o desenho, e também para conversas exageradas.
«Muitas das ideias da minha arquitetura partem de desenhos, que são comuns aos meus quadros e esculturas. Outras são paráfrases ou citações distorcidas do trabalho e das ideias de outros artistas. Outras partem de outros tipos de imagens e visões, que me fascinam e preocupam durante um certo período de tempo, ou que estiveram sempre comigo. Acredito que os quadros, assim como todas as outras criações, crescem uns a partir dos outros, que cada artista inventa os seus próprios precursores, que há um diálogo incessante com muitos passados. […] A minha tarefa é agora patrulhar as fronteiras entre a arquitectura e a arte, para expandir os seus territórios com novas ideias e possibilidades, assinalando-as para os estudantes e para mim.»
Pancho Guedes
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Museu Coleção Berardo
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