A vida em suspenso

A vida em suspenso
25/02/2021
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#MCB_Online O ciclo de conversas «A vida em suspenso» tem como ponto de partida a exposição WAIT, que decorreu entre janeiro e abril de 2019 no Museu Coleção Berardo. WAIT explorou a noção de espera enquanto proposta de exploração imaginária e poética face à sua literal condição de suspensão do tempo e da vida. Neste contexto, foi lançado um questionário aos artistas apresentados, publicado no catálogo da mesma. Orlando Franco, curador da exposição e artista, recupera para o contexto atual algumas destas questões, que servem de mote para este ciclo de conversas. Em tempos pandémicos, «espera e expectativa: qual a urgência de esperar?»

O presente ciclo, marcado para todas as terças-feiras de março, desenvolve-se em quatro sessões de conversa, terminando com a apresentação da mesa redonda realizada na altura da exposição WAIT, realizada precisamente há dois anos atrás.

As sessões ficam disponíveis no dia agendado a partir das 17h00, no site e redes sociais do Museu Coleção Berardo. #aVidaEmSuspenso

Programação:

Sessão 1 - 02 março

 

Blanca de la Torre
Curadora, historiadora de arte e ensaísta, especializada em arte e sustentabilidade.
Atualmente é curadora-chefe da XV Bienal de Cuenca, Equador, um dos eventos mais relevantes da América Latina, e dirige a Sala de Aula Sustentável do CAAM, sala permanente de sustentabilidade do Centro Atlântico de Arte Moderna de Las Palmas. Prepara neste momento projetos sustentáveis em museus como o MOCAB, em Belgrado, ou o Pori, na Finlândia. De 2009 a 2014, trabalhou como curadora e diretora de exposições e projetos no ARTIUM, Centro-Museu Basco de Arte Contemporânea (Vitoria-Gasteiz, Espanha). Posteriormente fez a curadoria de exposições em museus e centros de arte internacionais, destacando-se: MoCAB, Museu de Arte Contemporânea de Belgrado; Salzburger Kunstverein, Salzburgo; EFA, Elisabeth Foundation Project Space, Nova Iorque; Centro de Artes de Monterrey; Museu Carrillo Gil, Cidade do México; Museu de Arte Contemporânea de Oaxaca; Museu de Arte Contemporânea Ex Convento del Carmen Guadalajara; Museu de Arte Contemporânea de Ciudad Juárez; Museu de Arte Contemporânea de Sonora; NC-Arte, Bogotá; RAER, Academia Real de Espanha em Roma; Centro de Arte Contemporânea LAZNIA, Gdansk; Sala Alcalá 31, Madrid; CentroCentro, Madrid; Fernán Gómez, Madrid; NGMA, Galeria Nacional de Arte Moderna, Nova Deli; MUSAC, Museu de Arte Contemporânea de Castela e Leão; Museu de Arte Contemporânea de Albuquerque; entre outros. Publicou mais de uma centena de textos especializados em livros, catálogos e revistas, e participa regularmente em conferências e simpósios internacionais sobre cultura e sustentabilidade.

Eugenio Ampudia
Eugenio Ampudia (Melgar, Valladolid, 1958) é um dos artistas espanhóis mais reconhecidos. O seu trabalho multidisciplinar recebeu o Prémio AECA para o melhor artista espanhol vivo representado na ARCO18 — já obtido em 2008 —, e o Prémio ARCO-BEEP, Coleção de Arte Eletrónica. Ainda em 2008, foi bolseiro da Delfina Foundation (Londres).
A sua obra debruça-se, com uma atitude crítica, sobre os processos artísticos, o artista enquanto gestor de ideias, o papel político dos criadores, o significado da obra de arte, as estratégias que a permitem subsistir, os seus mecanismos de produção, promoção e consumo e a eficácia dos espaços atribuídos à arte, bem como a análise e experiência de quem os contempla e interpreta.

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Sessão 2 – 09 março

 

Ana Rita António

Nasceu em Leiria em 1980. Vive e trabalha em Bergen, Noruega, desde 2002. O seu trabalho aborda questões formais e conceptuais resultantes do desenvolvimento de diversas metodologias associadas à resolução de enunciados. As metodologias são formalizadas através de instalações, fotografias de instalações ou hacking de objetos.
Após concluir a Licenciatura em Pintura da Escola Superior de Artes e Design nas Caldas da Rainha (2003), a sua formação artística inclui um Mestrado em Artes Visuais na Kunstakademiet (2006), Bergen, como bolseira da Fundação Camões. Obteve ainda uma Licenciatura do departamento de Design Lab da Rietveld Academie em Amsterdão (2011). É membro da NBK (Associação de Artistas Noruegueses) e da NBF (Sociedade de Escultores da Noruega).
Integrou várias residências artísticas e dedicou-se à investigação, integrando recentemente programas como The Lab Program (2019), Cidade do México, e Pocoapoco (2019), Oaxaca. Apresenta, desde 2003, o seu trabalho em diversas exposições individuais e coletivas, e está neste momento a produzir uma exposição para a Tag Team Studio (2021), Bergen, e Bienal de Havana (2021).

Carlos Lérias 
Nasceu em Lisboa em 1980. Vive e trabalha em Nova Iorque. Frequentou as Belas-Artes de Lisboa e a UdK de Berlim. Em 2009 mudou-se para Nova Iorque, onde frequentou a School of Visual Arts como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Depois de ter concluído o seu mestrado, participou em diversos projetos de artistas e em exposições, destacando-se a sua participação como diretor criativo da peça Abraham Lincoln War Veteran Projection, do artista Krzysztof Wodiczko, e diversos projetos fotográficos com a Griffin Editions.

João Leonardo
Nasceu em Odemira em 1974, e vive e trabalha em Klippan, na Suécia. É licenciado em História da Arte pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa (1996), frequentou o Programa de Estudos Independentes da Maumaus — Escola de Artes Visuais e completou o mestrado em Belas-Artes na Academia de Arte de Malmö, na Universidade de Lund (2009). Foi artista residente na International Künstlerhaus Villa Concordia (Bamberg, 2010–2011) e vencedor do Prémio EDP Novos Artistas (2005). Expõe regularmente desde 2002, tendo apresentado o seu trabalho em diversas galerias, museus e instituições públicas.

Nuno Vicente
Nasceu em Chartres em 1981. Estudou pintura na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Frequenta atualmente o mestrado de investigação em Arte e Criação da Faculdade de Belas-Artes da Universidade Complutense, em Madrid. Foi selecionado para a 11.ª edição dos prémios Novos Artistas da Fundação EDP, em 2015. A sua obra foi exposta nacional e internacionalmente em locais como a Lazareto de Cagliari Centro Culturale di Arte, 2012; SAVVY Contemporary, Berlim, 2013; MAAT, 2015; Museu do Côa, 2015; Instituto Czong de Arte Contemporânea, 2016; Museu Kramskoy, Voronezh, 2018; Real Academia Sueca de Belas-Artes, Estocolmo, 2019; ou o Centre d´Art Terres Del Ebre, Catalunha. Reside atualmente em Alicante, onde realiza uma residência artística, no Centro de Artes Las Cigarreras de Alicante, e investiga a possibilidade de criação de um borboletário livre no terceiro paisagem.

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Sessão 3 – 16 março

 

Carlos Pimenta
Encenador, investigador e professor. A par do seu trabalho artístico, tem desenvolvido, também, trabalho no domínio da gestão cultural e consultoria. Nos últimos anos, enquanto investigador, tem-se interessado particularmente pelas relações entre a arte e a tecnologia.

Fernando Poeiras
Professor na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Professor do ensino superior desde 1993, é investigador nas áreas das artes, design e cultura contemporânea, e está interessado atualmente — no âmbito da sustentabilidade — em promover projetos de articulação entre natureza, economia, sociedade e política.

Mirian Tavares
Professora associada da Universidade do Algarve. Com formação académica nas Ciências da Comunicação, na Semiótica e nos Estudos Culturais (doutorou-se em Comunicação e Culturas Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia), tem desenvolvido o seu trabalho de investigação e de produção teórica nas áreas das estéticas fílmica e artística. Como professora da Universidade do Algarve, participou na elaboração do projeto de licenciatura em Artes Visuais, do mestrado e doutoramento em Comunicação, Cultura e Artes e do doutoramento em Média-Arte Digital. Atualmente é coordenadora do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação) e vice-coordenadora do doutoramento em Média-Arte Digital.
Tem realizado trabalhos de curadoria desde 2005. Como co-curadora das exposições da Galeria Trem, desde 2009, tem produzido todos os textos de folha de sala e colaborado com textos para catálogos de artistas como Pedro Cabrita Reis, Pedro Cabral Santo ou Manuel João Vieira.

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Sessão 4 – 23 março

 

Luísa Jacinto
Vive e trabalha em Lisboa. Em trabalhos que se situam na fronteira entre figuração e abstração, Luísa Jacinto concentra-se na tela, ecrã ou superfície das obras como coisa central. A sua prática artística lida com os protocolos da imagem, a fragmentação e simulação narrativas, o excesso de evidência e o obscurecimento.
No seu percurso, são de especial relevo são as exposições individuais Véu-Pedra, Artworks, Lisboa, 2019; We had the experience but missed the meaning, Galeria Silvestre, Madrid, 2018, com curadoria de Sérgio Fazenda Rodrigues, 2018; Basta um só dia, Museu Carlos Machado, 2012, com curadoria de João Miguel Fernandes Jorge. Das suas exposições coletivas, destacam-se: PADA, ASC Gallery, Londres, 2019; WAIT, Museu Coleção Berardo, Lisboa, 2019, com curadoria de Orlando Franco; Saudade — Unmemorable Place in Time, Fosun Foundation, Xangai, e Museu Coleção Berardo, Lisboa, 2018, comissariada por Yuko Hasegawa; Pontos Colaterais, Coleção de Arte Arquipélago, Arquipélago, São Miguel, uma seleção comissariada por João Silvério.

Paulo Pires do Vale
Filósofo, professor universitário, ensaísta e curador. É, desde 2019, Comissário do Plano Nacional das Artes — uma iniciativa do Ministério da Cultura e do Ministério da Educação.

Sara & André
Nasceram em 1980 e 1979. Estudaram respetivamente, Cenografia na Escola Superior de Teatro e Cinema (Lisboa) e Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Expõem regularmente desde 2006.

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Sessão 5 - 30 março

 

Mesa redonda realizada na altura da exposição WAIT
Artistas: Dalila Gonçalves, Eugenio Ampudia, Orlando Franco (curador da exposição) e Pedro Cabral Santo.
Moderador: João Seguro (artista)

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